Nos dias
atuais, levando em conta estarmos inseridos em uma sociedade grafocêntrica,
pode-se afirmar que as letras e números estão presentes em toda parte. Assim,
desde muito cedo, as crianças estão expostas a essas informações. Mesmo quando
pensamos em crianças, cuja posição sócio econômica, não permite que esses
materiais sejam explorados com muita frequência, ainda assim é possível
observar um certo contato com esses conteúdos, ainda que superficialmente. Portanto,
mesmo que ainda não estejam alfabetizadas, possuem uma bagagem a respeito da
escrita e dos numerais, e conseguem formular hipóteses do conceito de número e seus
usos sociais.
Cabe ao educador neste contexto,
explorar esses conhecimentos, por meio de situações didáticas, onde esses saberes
possam ser aprofundados. Isso significa que na prática, o professor deverá
planejar atividades de utilização dos números, sempre que eles fizerem parte da
rotina.
O ideal neste contexto é a
intervenção do educador, em problematizar situações em que os números apareçam e
assim mediar a construção e apropriação do conceito de números.
Um exemplo de um tipo de intervenção
pedagógica, seria a contagem e registro do número de alunos da turma, a contagem
e registro dos alunos por gênero sexual, o registro dos materiais de uso comum
na sala de aula, como: tesouras, tubos de cola, pincéis etc.. Isto porque quando
anotam quantidades, a criança pensa sobre as notações numéricas mesmo sem conhecê-las,
neste tipo de atividade a criança precisará prestar atenção quando contar os materiais
para não considerar o mesmo duas vezes, ou mesmo deixar de contá-los. Esta atividade
promove ainda o reconhecimento de que o último número da contagem realizada, corresponde
à quantidade de matérias de uso comum que existe na sala de aula.
Conforme as hipóteses vão sendo construídas,
o educador poderá propor reflexões a respeito dos registros em que as crianças trabalharam
“quantidade” e assim reforçar o conceito de número e seu uso social.
Enfim, as intervenções do professor, devem
sempre se apoiar nas hipóteses construídas previamente pelas crianças, usando os
momentos de reflexão coletiva para revisar as hipóteses construídas, e desta maneira
reformula-las para então avançar em direção a ideia convencional do conceito de número, quantidades
e seus usos no cotidiano.
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